Meu amigo;
o que me traz por um bilhete em suas mãos
é a razão que me leva aos braços do seu coração...
É que aprendi que “aõs” no final da frase, sempre rimarão, viu?
Mas saibas que eu não sou uma poeta ou poetisa,
como chamam as mulheres loucas.
Só resolvi improvisar uma palavra meio torta para delinear
a retilínea conduta formal e intransigente de meu coração.
Nestas linhas, ela não passa de uma escrava triste que
não vê a hora de chegar o dia em que estará livre de seu senhor,
pra cair nos braços da liberdade.
Lembra-se daquela noite em que você me mandou um beijo,
enquanto cortava o outro lado da praça?
Pois é, sorte que meu pai estava olhando pro outro lado,
senão ele me matava, e olha que nem gritar comigo ele já o fez...
Mas se por um acaso, um acaso como esse nos colocar próximos de novo,
sou eu quem vou te matar, se não me mandar outra vez...
Ah...e “amigo”, porque também aprendi que no trovadorismo, as mulheres
quando não se cabiam de amor, chamavam assim os seus amados.
E encerro assim por ti, minha cantiga...
Vem me ver, me encontra, antes que eu vá atrás de você...
Aí o risco é dobrado, que importa? Seria isso uma figura de linguagem,
ou uma linguagem de figura, aquela que fica atormentando meu
casto coração de menina.
Deixa. Só uma coisa, eu te espero.
Vê se não demora!
quarta-feira, 14 de abril de 2010
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